Arquivo de Brasil - Gente Seguradora https://genteseguradora.com.br/tag/brasil/ 53 anos de gente para gente Tue, 26 Aug 2025 22:47:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://genteseguradora.com.br/wp-content/uploads/2024/05/cropped-cropped-favicon-1-32x32.webp Arquivo de Brasil - Gente Seguradora https://genteseguradora.com.br/tag/brasil/ 32 32 Economia brasileira dá sinais de desaceleração https://genteseguradora.com.br/economia-brasileira-da-sinais-de-desaceleracao/ https://genteseguradora.com.br/economia-brasileira-da-sinais-de-desaceleracao/#respond Tue, 26 Aug 2025 18:33:54 +0000 https://genteseguradora.com.br/?p=113890 Economista Tatiana Pinheiro, da Galapagos Capital, explica como as decisões do banco central americano e os dados do PIB no Brasil podem afetar a economia

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Na semana passada, um dos eventos mais aguardados do mercado financeiro foi o simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos. O destaque ficou para o discurso de Jerome Powell, presidente do banco central americano (Federal Reserve). Ele reconheceu que a economia dos Estados Unidos (EUA) está dando sinais de desaceleração, algo que não tinha sido enfatizado na última reunião, em julho passado.

Segundo a economista Tatiana Pinheiro, da Galapagos Capital, essa mudança de tom abre espaço para que os juros americanos comecem a cair já em setembro. “Powell, na prática, confirmou o que o mercado já esperava: o início de cortes de juros. Nossa projeção é de dois cortes neste ano, sendo o primeiro em setembro”, explica a economista.

A taxa de juros dos EUA influencia o mundo inteiro. Juros mais altos lá fora atraem dinheiro para os Estados Unidos, tirando investimentos de países emergentes como o Brasil. Quando os juros caem, o movimento pode ser o contrário, abrindo espaço para mais investimentos por aqui.

No Brasil, a principal notícia da semana foi a divulgação do IBC-Br, indicador calculado pelo Banco Central que funciona como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado mostrou que a economia cresceu 0,3% no segundo trimestre, bem abaixo do ritmo de 1,4% no trimestre anterior. “Essa desaceleração já era esperada, pois os efeitos da política monetária (juros altos) começam a aparecer com mais força”, afirma Tatiana Pinheiro. Para ela, o Banco Central brasileiro deve iniciar o ciclo de cortes de juros apenas em dezembro.

Nos próximos dias, os investidores vão acompanhar indicadores importantes: nos EUA, saem os dados de inflação (PCE e CPI) e também o PIB do segundo trimestre. No Brasil, destaque para a taxa de desemprego, as contas públicas, o desempenho do setor externo e o  índice de inflação IGP-M de agosto. Esses números vão ajudar a confirmar se a tendência de desaceleração continua ou se haverá surpresas.

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Tarifaço dos EUA pressiona economia do Brasil, mas governo lança medidas de alívio https://genteseguradora.com.br/tarifaco-dos-eua-pressiona-economia-do-brasil-mas-governo-lanca-medidas-de-alivio/ https://genteseguradora.com.br/tarifaco-dos-eua-pressiona-economia-do-brasil-mas-governo-lanca-medidas-de-alivio/#respond Tue, 19 Aug 2025 19:57:58 +0000 https://genteseguradora.com.br/?p=113841 Créditos, postergação de tributos e ampliação do Reintegra buscam dar fôlego a empresas brasileiras

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Na coluna Fique de Olho, da UrGente em parceria com o Gente Grupo, a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, explica que o governo brasileiro anunciou medidas emergenciais para apoiar os setores mais atingidos pelo Tarifaço dos Estados Unidos (EUA), que elevou impostos sobre produtos de dezenas de países.

Entre as ações estão novas linhas de crédito, ampliação dos fundos de seguro e resseguro, postergação do pagamento de tributos federais nos meses de setembro a novembro e aumento da devolução de impostos via o programa do Governo, chamado Reintegra.

Nesse último ponto, a devolução para micro e pequenas empresas subiu de 3% para 6%, e para grandes empresas, de 0,1% para 3,1%. Segundo Tatiana, o objetivo é dar tempo para que os setores mais afetados possam se reorganizar e buscar novos mercados. Ela ressalta, no entanto, que será preciso uma segunda etapa, em que o governo atue também nas negociações com os EUA e no apoio à abertura de novos destinos de exportação.

No cenário internacional, os Estados Unidos divulgaram o CPI de julho, que mostrou inflação de 0,3%, após meses de estabilidade. O aumento veio principalmente do setor de serviços e deve levar o Federal Reserve (Fed) a adiar os cortes de juros, apesar de parte do mercado de renda fixa ainda apostar em redução já em setembro.

Segundo a economista, nessa semana, os holofotes estarão voltados para o Simpósio de Jackson Hole, tradicional encontro no Kansas que reúne autoridades do Fed, representantes do governo e acadêmicos. O evento deve indicar se a queda de juros nos EUA virá ou não em setembro.

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Tarifaço global pode segurar preços no Brasil e abrir espaço para corte de juros no fim do ano https://genteseguradora.com.br/tarifaco-global-pode-segurar-precos-no-brasil-e-abrir-espaco-para-corte-de-juros-no-fim-do-ano/ https://genteseguradora.com.br/tarifaco-global-pode-segurar-precos-no-brasil-e-abrir-espaco-para-corte-de-juros-no-fim-do-ano/#respond Tue, 12 Aug 2025 20:09:48 +0000 https://genteseguradora.com.br/?p=113819 Alta nas tarifas dos Estados Unidos para mais de 60 países tende a conter a inflação brasileira, enquanto Banco Central avalia manter juros em 15% até que cenário externo dê sinal verde para reduções.

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O aumento de tarifas adotado pelos Estados Unidos para mais de 60 países, que entrou em vigor na semana passada, já começa a provocar efeitos no cenário econômico global. De acordo com a economista-chefe da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro, a medida,  apelidada de “Tarifaço”, deve gerar mais inflação no mercado norte-americano. Por outro lado, tende a reduzir os preços em outras economias, incluindo o Brasil.

Isso acontece porque a oferta que deixará de ir para os Estados Unidos será direcionada ao restante do mundo, elevando a disponibilidade de produtos e, consequentemente, pressionando preços para baixo. “A gente já vê algum efeito disso. Desde o início do Tarifaço, no dia 6 de agosto, o real vem se fortalecendo frente ao dólar, o que reforça essa expectativa de desinflação por aqui”, afirma Tatiana Pinheiro.

O cenário pode abrir espaço para mudanças na política monetária brasileira ainda este ano. A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou a estratégia de manter a taxa Selic no patamar de 15% por mais tempo, aguardando sinais mais claros do ambiente econômico global.

Nos Estados Unidos, membros do Federal Reserve (Fed) manifestaram cautela. Alguns demonstraram desconforto com a desaceleração do mercado de trabalho, enquanto outros aguardam para medir o impacto do aumento tarifário na inflação antes de decidir sobre cortes de juros.

Nesta semana, a divulgação da inflação norte-americana e dos dados de atividade econômica no Brasil será determinante para calibrar as apostas. “Se o cenário se confirmar, o Banco Central brasileiro pode ganhar condições para iniciar cortes de juros no fim do ano”, projeta Tatiana Pinheiro.

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Crescimento global desacelera e pressiona mercado de seguros, aponta relatório da Swiss Re https://genteseguradora.com.br/crescimento-global-desacelera-e-pressiona-mercado-de-seguros-aponta-relatorio-da-swiss-re/ https://genteseguradora.com.br/crescimento-global-desacelera-e-pressiona-mercado-de-seguros-aponta-relatorio-da-swiss-re/#respond Wed, 16 Jul 2025 14:02:23 +0000 https://genteseguradora.com.br/?p=113689 Estudo divulgado em 9 de julho mostra que tarifas dos EUA e incertezas econômicas devem frear a economia mundial e afetar diretamente os setores de seguros de vida e de outros ramos. Setores como o de seguros automotivos e de construção civil nos Estados Unidos serão os mais atingidos.

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Uma nova análise da Swiss Re, divulgada em 9 de julho de 2025, acende um alerta sobre a desaceleração econômica global e seus impactos no mercado de seguros. Segundo o relatório World Insurance Sigma Report, assinado pelo economista-chefe do grupo, Jerome Haegeli, o crescimento global deve recuar de 2,8% em 2024 para cerca de 2,3% em 2025, refletindo os efeitos em cadeia da política tarifária dos Estados Unidos e outras pressões geopolíticas.

O cenário de desaceleração econômica deve afetar diretamente os setores de seguros de vida e de outros ramos, que em 2024 apresentaram um crescimento expressivo de prêmios, mas tendem a registrar um avanço mais modesto em 2025, ficando abaixo da média histórica, com previsão de crescimento em torno de 2%.

As mudanças tarifárias impostas pelos EUA não terão impacto uniforme: setores como seguros automotivos e de construção civil nos Estados Unidos serão os mais atingidos.

Ainda assim, o relatório ressalta que há oportunidades no horizonte, especialmente na reestruturação de cadeias produtivas e no aumento de investimentos em infraestrutura e tecnologia, sobretudo na Europa. Esses movimentos podem beneficiar ramos como o seguro de crédito comercial e o seguro marítimo, com efeitos positivos na rentabilidade futura, mesmo em um ambiente de crescimento mais lento.

Outro ponto enfatizado por Haegeli é a importância do atual cenário de juros elevados, que pode continuar favorecendo os rendimentos de investimento das seguradoras. Para garantir que o seguro permaneça acessível e eficaz, ele defende a colaboração de longo prazo e o fortalecimento da gestão compartilhada de riscos, como ferramentas essenciais para fechar lacunas de proteção e preservar a resiliência global diante de riscos crescentes.

Com sede em Zurique, na Suíça, a Swiss Re é uma das maiores resseguradoras do mundo, atuando desde 1863 com soluções para transferência de riscos em mais de 80 países. A empresa se dedica a antecipar e gerenciar ameaças como catástrofes naturais, mudanças climáticas, envelhecimento populacional e crimes cibernéticos — com a missão de tornar o mundo mais resiliente.

Clique aqui para ver o relatório completo.

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Investidores globais querem comprar empresas no Brasil https://genteseguradora.com.br/investidores-globais-querem-comprar-empresas-no-brasil/ https://genteseguradora.com.br/investidores-globais-querem-comprar-empresas-no-brasil/#respond Mon, 09 May 2022 13:15:51 +0000 https://genteseguradora.com.br/?p=21993 Mais de 700 potenciais investidores têm interesse em fazer aquisições no setor de seguros no Brasil, de acordo com a assessoria de aquisições e gestão de empresas Hand

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No total, são 741 investidores, em 41 países, que teriam interesse em ativos do segmento no País, em função das perspectivas de crescimento do setor.

Cerca de 64% dos investidores são do tipo estratégico, como empresas. Os outros 36% incluem fundos de private equity e family offices, de acordo com o levantamento.

Corretoras

A busca por ativos não se resume a carteiras de apólices, mas também às Corretoras de Seguros. Com 54 mil em funcionamento, é uma área bastante fragmentada.

No ano passado, o setor de seguros cresceu 11,6%, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), e arrecadou R$ 306,4 bilhões. Nos dois primeiros meses de 2022, o avanço foi de 21,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ainda assim, não faltam exemplos de que há espaço para crescer: o seguro automotivo, um dos mais populares no País, cobre apenas 30% da frota nacional.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) e as maiores seguradoras do País têm desenvolvido alternativas, como o seguro por assinatura, para conquistar os outros 70%.

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‘A China conhece mais o Brasil do que o Brasil conhece a China’, diz Winston Ling, em entrevista ao Boletim https://genteseguradora.com.br/a-china-conhece-mais-o-brasil-do-que-o-brasil-conhece-a-china-diz-winston-ling-em-entrevista-ao-boletim/ https://genteseguradora.com.br/a-china-conhece-mais-o-brasil-do-que-o-brasil-conhece-a-china-diz-winston-ling-em-entrevista-ao-boletim/#respond Fri, 18 Jan 2019 19:12:51 +0000 https://genteseguradora.com.br/?p=4444 Empresário, ativista liberal e um dos fundadores do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Winston Ling defende que mais brasileiros conheçam a China e que existem aprendizados a serem tomados

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O empresário brasileiro Winston Ling, radicado na China e influente nas rodas liberais, defendeu, nos últimos dias, que as lideranças brasileiras devem sim visitar a China. Ling é um dos fundadores do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), entidade que organiza anualmente o Fórum da Liberdade, principal evento de viés liberal do país.

Se engana quem acha, contudo, que Ling está distante de nomes ligados ao novo governo – cujo partido do presidente, o PSL, é a agremiação com mais integrantes na comitiva rumo à China criticada pelo filósofo Olavo de Carvalho.

O empreendedor, na realidade, esteve próximo a Jair Bolsonaro ao longo da campanha e foi um dos seletos convidados a estarem na posse do novo presidente, inclusive na recepção ocorrida no Palácio Itamaraty, em Brasília. Foi Ling, aliás, quem apresentou o economista Paulo Guedes, hoje ministro da economia, ou então pré-candidato pelo PSL.

Em entrevista exclusiva ao Boletim da Liberdade, o empresário se aprofundou na relação do Brasil com a China e externalizou seu ponto de vista.

Sobre esse assunto, falou sobre a falta de conhecimento de muitos brasileiros sobre a evolução do país asiático e também sobre o que o Brasil deveria e não deveria aprender com os chineses. Ling também comentou sobre como a China enxerga o Brasil no cenário geopolítico e econômico mundial.

“Esse preconceito contra a China prejudica o aprendizado que o Brasil precisa fazer para poder tirar mais e melhores vantagens do seu relacionamento com ela”, armou Ling. Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil.

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

Boletim da Liberdade: Nos últimos dias, houve muita histeria por parte dos setores conservadores em relação a visita dos parlamentares brasileiros à China. Isso é sintoma de um preconceito do país?

Winston Ling: A China é o lugar mais longe do Brasil. O “m do mundo”, diriam alguns. Para muitos brasileiros, a China é um mistério. Visitar a China é algo impensável devido à distância. Porta à porta, desde Porto Alegre, eu levo cerca de 36 horas de viagem incluindo transporte entre casa e aeroporto, espera no aeroporto e entre as conexões.

Ao mesmo tempo, existe uma falta de conhecimento da história da China antiga e recente. Muita gente não conhece o que aconteceu antes e depois da abertura iniciada em 1978. Confundem e misturam os períodos, fazendo uma verdadeira salada de frutas.

Depois, as pessoas com intrigadas e confusas pois não entendem como um país comunista cresceu tanto se o comunismo é tão ruim. Chegam a falar em trabalho escravo e outros argumentos.

Elas estão pegando várias fotografias de períodos distintos e misturando tudo, pois não conhecem o “lme”, ou seja, o início, meio e m da história.

Eu recomendo muito assistir ao vídeo do meu amigo Robert Garmong, um objetivista americano radicado na China. Ele casou na China e tem um lho chinês.

Robert diz neste vídeo que não existe comunismo hoje na China. O regime tecnicamente é um fascismo. As pessoas se confundem porque é governado por um partido que se chama comunista.

Também recomendo a leitura do livro do Prêmio Nobel em Economia, Ronald Coase: How China Became Capitalist.

Para ilustrar a origem do histerismo com relação à China eu faço uma analogia com uma mãe muito preocupada em proteger seus olhos contra os males e os perigos da vida fora de casa.

O histerismo ocorre não especialmente com relação aos males e perigos do mundo fora da casa, mas devido à falta de confiança na capacidade da criança em se defender contra estes males e perigos.

Existe um medo na direita brasileira de que brasileiros do bem sejam atraídos e enganados pela “sereia” que é a China.

Existe um medo na direita brasileira de que os brasileiros do bem sejam atraídos e enganados pela “sereia” que é a China. Vem daí o preconceito e o histerismo

Vem daí o preconceito e o histerismo. A solução para isso é educação: se informar, visitar, conhecer em primeira mão. Não se deve “comer da mão dos outros”, especialmente se estes “outros” também “comeram da mão de outros”.

A solução também não é simplesmente impedir o contato. Se a nossa cultura e as nossas ideias são as melhores, as mais racionais, as mais fortes, e as moralmente mais elevadas, não deveríamos ter medo em entrar em contato com alienígenas.

Agora, que a direita, especialmente a conservadora, mas também alguns liberais, não cona na resiliência de seus membros em cair na tentação de grandes negócios envolvendo o Estado, para proveito próprio, isso tem fundamento.

Nas minhas andanças pelo CCBB [n.e.: Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília] durante o período de transição, pude constatar para meu desapontamento a quantidade de apoiadores de Bolsonaro fazendo networking para negócios particulares.

Estes são tipos particularmente vulneráveis ao que chamei de “canto da sereia”. Estes são o que dão motivação ao histerismo resultante.

Boletim da Liberdade: Nas redes sociais, o senhor disse que os nossos líderes deveriam visitar a China para trazer ideias para desenvolver o Brasil. Em quais áreas a China poderia ser uma referência para o Brasil e o que poderíamos aprender com os chineses?

Winston Ling: A partir da abertura de 1978, nunca na história da humanidade tanta gente foi resgatada da pobreza absoluta em tempo tão rápido como na China. A pobreza absoluta foi praticamente erradicada, diferentemente do que mentem alguns artigos que tem sido publicados no Brasil.

Isso ocorreu por causa das seguintes medidas que vigoraram nas décadas de 1980 e 1990:

  1. implementação da economia de mercado e do capitalismo “laissez faire”
  2. implementação do direito de propriedade
  3. inexistência de leis, justiça e direitos trabalhistas
  4. descentralização do governo
  5. fechamento ou privatização em massa de empresas estatais
  6. mínima regulamentação

Nas décadas de 2000 e 2010, algumas das medidas acima foram abrandadas, e o governo começou a interferir mais e mais. Em termos políticos, está havendo na prática um fechamento do regime. Tudo isso resultou numa redução do crescimento do país.

Além disso, a China introduziu “checks and balances” adicionais no governo. Por exemplo, um nativo de uma cidade não pode ser prefeito desta cidade. O prefeito tem que ser de fora. Um nativo de uma província não pode ser governador daquela província. O governador tem que ser de fora.

O governo mais recentemente instituiu penalidades extremamente severas aos funcionários públicos corruptos. São exemplos que o Brasil poderia copiar.

Por outro lado, existem coisas ruins que o Brasil não deveria copiar, como, por exemplo, a censura à livre expressão, a estatização de alguns setores da economia, e esse sistema de reconhecimento facial.

Boletim da Liberdade: O fato de a China ser um país comunista gera muita desconfiança entre parte da nova direita do Brasil, de viés mais conservador e que chegou agora ao poder. Até que ponto o viés ideológico do governo chinês deveria ser um problema para o Brasil? Apenas o viés ideológico deveria ser levado em consideração nas relações bilaterais?

Winston Ling: A desconfiança existe e eu tentei explicar a origem na resposta à primeira pergunta [n.e.: sobre o preconceito com a China]. O Brasil precisa aprender mais sobre a China. A China conhece mais o Brasil do que o Brasil conhece a China.

Esse preconceito contra a China prejudica o aprendizado que o Brasil precisa fazer para poder tirar mais e melhores vantagens do seu relacionamento com ela.

Precisamos que os brasileiros visitem e conheçam a China, sem histerias. Isso é para o bem do Brasil. O governo da China pode ter viés ideológico, porém, ele também é mais pragmático do que ideológico. Está é outra coisa que o Brasil deveria aprender com a China.

Esse preconceito contra a China prejudica o aprendizado que o Brasil precisa fazer para poder tirar mais e melhores vantagens do seu relacionamento com ela.

Boletim da Liberdade: Qual é a sua opinião sobre o sistema de verificação facial que os deputados, supostamente, pretendem conhecer na China? Há riscos? Esses riscos se devem, especialmente, por se tratar da China?

Winston Ling: Minha opinião sobre o sistema de reconhecimento facial, independente da origem da tecnologia, está expressada em uma publicação que fiz em meu Facebook:

PIOR QUE O DESARMAMENTO

Estes sistemas de reconhecimento de face são um perigo em países sem proteção da privacidade, e sem limites claros e garantidos aos poderes do Estado.

 A falta de privacidade é certeza de violação dos direitos e das liberdades individuais.

Os governos tenderão à tentação de implementar um sistema destes com o argumento da segurança, muito semelhante aos argumentos a favor do desarmamento.

Cabe aos cidadãos repelir esta solução fácil para a segurança pois o custo em termos de Liberdade é enorme.

Eu tenho confiança de que com o tempo surgirão soluções para o problema da privacidade, bem como para o problema do estabelecimento de limites ao Estado.

Mas antes disto é necessário ficar atento!

O alerta de Olavo de Carvalho é pertinente e extremamente importante!

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JLT apresenta estudo sobre riscos políticos para 2019 https://genteseguradora.com.br/jlt-apresenta-estudo-sobre-riscos-politicos-para-2019/ https://genteseguradora.com.br/jlt-apresenta-estudo-sobre-riscos-politicos-para-2019/#respond Thu, 10 Jan 2019 18:12:33 +0000 https://genteseguradora.com.br/?p=4355 De acordo com o estudo, o risco de agitação social deve permanecer alto durante o governo Bolsonaro

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A área de CPS da JLT (Credit, Political and Security Risks) elaborou um estudo sobre os possíveis cenários em diversos países, inclusive no Brasil. O documento tem como objetivo quantificar, priorizar e minimizar as exposições de riscos políticos, de segurança e crédito comercial.

De acordo com o estudo, o risco de agitação social deve permanecer alto durante o governo Bolsonaro, seguindo a excessiva polarização que se viu durante a campanha eleitoral. A reforma da previdência e os planos de privatização podem provocar protestos, especialmente no centro do Rio de Janeiro e na Avenida Paulista, em São Paulo.

Um dos pontos polêmicos da campanha do presidente eleito foi a flexibilização da posse de arma e o fortalecimento das polícias. De acordo com o documento, isso deve aumentar o número de assassinatos extrajudiciais o que pode aumentar a probabilidade de manifestações nas principais cidades. Com polícias mais agressivas, é esperado o aumento dos confrontos violentos entre as forças de segurança e os grupos criminosos, elevando o número de mortes e os riscos de ferimentos

O risco de danos materiais durante manifestações é relativamente baixo, mas há um risco significativo de interrupção de negócios, como aconteceu na greve dos caminhoneiros em maio de 2018. Os sindicatos dos caminhoneiros poderiam testar o governo Bolsonaro com novas greves nos próximos 12 meses.

Em relação ao PIB, é esperado um crescimento de 1,8% de 2018 para 2% em 2019, mas isso depende da habilidade do governo em reduzir o déficit fiscal, que atingiu 8% do PIB. Ainda sobre a economia, acredita-se que podem surgir tensões entre Jair Bolsonaro e Paulo Guedes devido às posições pró-mercado do futuro ministro.

DESEQUILÍBRIO FISCAL DO BRASIL (% DO PIB)

O estudo também aponta que o próximo governo pode não conseguir aprovar um programa de privatizações ambicioso. Porém, pode vender uma participação majoritária na Petrobras Distribuidora, além de participações na Eletrobras.

Sobre o combate à corrupção, outra bandeira do programa de governo de Jair Bolsonaro, o documento relata que o grande número de investigações da Polícia Federal em curso e o fortalecimento das leis anticorrupção aumentaram o risco de alteração de contrato se evidências de ilegalidade foram descobertas. Acredita-se que Sergio Moro pode usar sua posição para implementar medidas anticorrupção, o que pode aumentar os riscos de revisão contratual.

“O estudo fornece uma detalhada avaliação sobre segurança, negociação e investimento, tendo em vista o atual momento de alguns países. Um dos maiores desafios para o novo governo do Brasil será lidar com um Congresso altamente fragmentado, a fim de reduzir o déficit fiscal, que atingiu cerca de 8% do PIB”, Tatiana Moura, head de CPS da JLT Specialty Brasil.

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